terça-feira, 2 de setembro de 2014

Santiago de Compostela - o Caminho Português a partir de Porto


De Redondela a Pontevedra  (9)     

Após a foto oficial junto ao Albergue partimos por ruazinhas estreitas, passando antes pela Igreja de Santiago, e após  passamos pelos viadutos da linha férrea, atravessamos a rodovia  e seguimos por ruas mais tranquilas.


Viadutos da via férrea
Marco  da Via Romana do Sec XIX




Hôrreos continuam  em toda parte.
Passamos por Cesantes, caminhamos por um trecho da N-550, enfrentamos uma subida até chegar no Caminho do Loureiro do Viso. Seguimos adiante por um bosque até dar em uma rodovia vicinal de onde se avistava a Ria de Vigo.







Tomamos nosso café da manhã em um bar, ao lado da rodovia, com uma esplêndida vista da Ria de Vigo.
Na saída do café, tiramos muitas fotos da Ria e distraidamente deixei meus cajados apoiados na parede do café. Só fui dar-me conta após atravessar a rodovia e graças ao seu Antonio que percebeu que eu não os estava portando.


Muito comuns são locais como este Fonte da Lavadeira.



 A Ponte Sampaio foi construída no Século XVIII sobre o rio Verdugo, afluente da Ria de Vigo e foi palco da batalha entre espanhóis e as tropas napoleônicas durante a invasão francesa. Os moradores da cidade, fortemente armados e comandados por clérigos, oficiais e fidalgos fizeram as tropas de napoleão recuarem.
A ponte com dez arcos de pedra, com "quebra-mares" em ambos os lados é um dos pontos mais bonitos do caminho.
Cãezinhos saudando nossa passagem.
Sinais do caminho


Capela de Santa Marta
Mais sinais.





Estátua em homenagem ao peregrino na entrada
do Albergue em Pontevedra.

Chegamos ao albergue de Pontevedra ao meio-dia, pois o mesmo localiza-se logo à entrada da cidade. Aguardamos até às 13 horas, horário em que abria o albergue. Nos alojamos e fomos almoçar logo em frente do albergue, num bom restaurante.
O albergue tem ótimo espaço para estender roupas, por isso tratamos logo de lavar e estender nossas roupas para podermos conhecer a cidade.
Pontevedra é Capital tanto da Comarca e Província de Pontevedra e também capital de seu próprio Município.
O ponto de destaque para o peregrino, sem dúvida, é a Igreja da Virgem Peregrina, o caminho passa obrigatoriamente pela frente da mesma. Essa Igreja construída no século XVIII nos estilos barroco e neo-clássico e no seu interior, no altar, está a figura da Virgem Peregrina ou do Caminho.
Para o peregrino ela é um marco muito importante, pois muitos iniciam a partir deste ponto, a percorrer o Caminho Português.
Os sinais pela cidade são quase que, somente as "conchas", pois entendem os moradores que as "setas" 'sujam" a cidade.
Estátuas em meio à rua em Pontevedra.

Igreja da Virgem Peregrina.
Altar da Igreja da Virgem peregrina.

Igreja e Convento de São Francisco de Assis.


Praça Harbour
Vista da parte posterior da
 Igreja da Virgem Peregrina.


Câmara Municipal

Basílica da Santa Maria

Sensação ao final do dia -Um trecho muito agradável de ser percorrido, foram 18,46 km por subidas e descidas de dificuldade média, por lugares agradáveis e em ritmo muito bom.
O que nos deu condições de aproveitar bem o passeio pela cidade, que oferece várias atrações, por ser a capital da Comarca.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Santiago de Compostela - o Caminho Português a partir de Porto


De Porriño a Redondela  (8)


Saímos cedo pela Rodovia N-550, andamos por alguns quilômetros, após entramos em uma estrada de terra. 
Andamos mais um pouco e estávamos em frente à Igreja de Santa Eulália em Mós.




Igreja de Santa Eulália em Mós


Vista lateral da Igreja  Santa Eulália.











Símbolos do caminho em Mós.
Seguimos parte em caminhos de terra e parte em caminhos de asfalto em meio ao bosque.




As flores continuavam em toda parte do caminho, nos dando alento com sua  beleza ímpar.




Neste ponto do caminho encontramos nossos companheiros de caminhadas, 2 casais de japoneses que haviam errado o caminho e os orientamos.

Esta foto por pouco não me custou
uma mordida do cão.
Cruzeiro do Santíssimo Cristo da Vitória.


Parreirais são uma constante em todo o caminho.

Em Portugal não vimos muitos, mas a partir da entrada na Espanha, víamos em praticamente todas as propriedades, os chamados Hôrreos





Os hôrreos 











espigueiro, também chamado canastrocaniço ou hôrreo, é uma estrutura normalmente de pedra e madeira, existindo no entanto alguns inteiramente de pedra, com a função de secar o milho grosso através das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do mesmo por roedores através da elevação deste. Como o milho requer que seja colhido noOutono, este precisa de estar o mais arejado possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno.
No território de Portugal Continental, encontram-se principalmente a Norte, em particular na região do Minho.
Na Galiza, em Espanha, existem espigueiros idênticos aos que existem em Portugal. Também há estruturas semelhantes nas regiões espanholas de NavarraAstúriasCantábria e na província de León, onde recebem o nome de hórreo.(fonte Wikipédia).

Símbolos do caminho, vários localizados em um espaço verde.




Pequenas máquinas para pequenos espaços.








Albergue em Redondela, onde chegamos antes da abertura, já que neste dia percorremos apenas 16 quilômetros.
Redondela é conhecida como a Cidade dos Viadutos, devido às várias vias aéreas existentes para o transito dos trens.
Existe na cidade um grande viaduto edificado em 1884, cujo engenheiro responsável, se suicidou logo após a inauguração devido á desconfiança de erro de cálculo na sua estrutura.
No entanto já se passaram cem anos e a obra continua suportando o peso dos vagões e não apresenta risco de ruir.

Nos alojamos no Albergue, saímos para almoçar. passeamos muito pela cidade. Vimos o viaduto e à tardinha ainda fomos visitar a Igreja de Santiago e verificar a sinalização para a saída no dia seguinte.
Igreja  de Redondela

Casa paroquial













Sensação ao final do dia  Um dia tranquilo, sem muito esforço, sem muitas novidades. Conseguimos descansar bem e conhecer mais uma cidade e suas histórias.




quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Santiago de Compostela - o Caminho Português a partir de Porto


De Valença a Porriño (08)


Saímos cedo, logo após o registro da foto em frente ao albergue  São Teotônio, atravessamos as muralhas, parando  para fotografar as Igrejas do local.
Prontos para mais um dia de caminhada, Eu, Lucila,
Aurélio, Antonio e Luzia fazendo o Registro.


Igreja Santa Maria dos Anjos no centro histórico
de Valença.

Atravessamos a Ponte Internacional, que Liga Portugal(Valença)
 a Espanha (Tuí).
                                          
Cruzando a ponte, do alto, podíamos ver através das águas
 transparentes, muitos peixes de razoável tamanho nadando no rio.
     
                                           Este é o marco do ponto 0 do caminho da Espanha. Por ele tomamos conhecimento do quanto ainda tínhamos pela frente: 115,454 km.
Catedral de Tuí, construção iniciada no sec XII, com a fachada em estilo gótico.

Carimbamos nossa credencial e saímos pois não são permitidas fotos de seu interior.



Tuí  é porta de entrada na Espanha, várias símbolos criativos
 do caminho espalhados  pela cidade. 

Restaurante em Tuí onde tomamos nosso café da manhã.
Após o café visitamos a catedral e adiantamos nossos relógios, já que a diferença de horário passaria a ser de 5 horas ao invés de 4 como tinha sido em Portugal até então.

Jovens cristãs entoando cânticos, durante encontro, em frente á igreja.

     Saindo da cidade
                                   
Coretos

Cruceiros

Capelas, vêem-se muitos na Espanha.

Estes localizam-se nas proximidades da Igreja de
 São Bartolomeu, muito antiga, em estilo Romântico.

Escultura em homenagem ao peregrino.
Onde muitos registram fotos.

                                                     Fontes para os peregrinos com símbolos
                                                                           indicando a certeza do caminho.
Ponte da Veiga sobre o Rio Louro.

Capelinha da Virgem do Caminho.


Decoração ao lado do restaurante onde almoçamos.

                                          Caminho que leva atualmente ao Albergue.
Anteriormente o caminho era feito pelo asfalto, mas devido ao grande fluxo de carros, desviaram para este lindo trecho cheio de curvas pois  acompanha o riacho, o que o faz parecer mais longo.
Devido também à pressa que sempre tínhamos de chegar quando estávamos nos aproximando do objetivo, isto é, o albergue.
Nos alojamos, demorou um pouco porque o albergue já tinha muitos peregrinos e queriam que fossem preenchidos todos os lugares do primeiro aposento onde só havia duas vagas e nós preferíamos ficar todos juntos.
Saímos para comer um pizza mas a pizzaria não possuía local para atender os clientes, pedimos a entrega e voltamos ao albergue afim de esperar. Detalhe: A cozinha do albergue não está equipada com talheres,pratos e panelas, o jeito foi comer a pizza "à moda italiana".

Sensação ao final do dia: Apesar da pouca quilometragem, 16,67 km, o dia foi cansativo, devido um pouco à mudança do fuso horário, á demora para a acomodação e à "frustração" do nosso "Jantar fora" (rsrs).